Nesta terça-feira, 2 de setembro, o país volta seus olhos ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde tem início o julgamento histórico do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
O advogado criminalista Ivan Jr, especialista em direito penal e processo penal, comentou sobre a expectativa de pena caso Bolsonaro seja condenado. Segundo ele, “fazendo a dosimetria da pena com base nos crimes imputados, o ex-presidente pode ser sentenciado a cerca de 30 anos e 7 meses de prisão”. A estimativa considera os cinco crimes pelos quais Bolsonaro responde: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
🔍 O que está em jogo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta Bolsonaro como o principal articulador da trama golpista, com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A acusação sustenta que o ex-presidente liderou reuniões estratégicas, autorizou a elaboração de decretos inconstitucionais e mobilizou aliados para descredibilizar o sistema eleitoral.
O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do STF, presidida pelo ministro Cristiano Zanin. As sessões estão previstas para os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, com transmissão ao vivo pela TV Justiça e canais oficiais do STF.
⚖️ Possíveis consequências
Apesar da expectativa de pena elevada, especialistas lembram que, mesmo em caso de condenação, a prisão imediata não ocorre. A execução da pena só se inicia após o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recursos. Atualmente, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, determinada por descumprimento de medidas cautelares.
O julgamento promete ser um marco na história política e jurídica do Brasil, com desdobramentos que podem reverberar por anos. Como afirmou o advogado Ivan Jr: “Mais do que uma sentença, o que está em jogo é a reafirmação do compromisso do país com o Estado Democrático de Direito.”
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